Curso de Mobilização Neural do ITM

Por que fazer o curso de mobilização neural e quando ela é necessária?

Em circunstâncias normais, os nervos estão bem posicionado e especialmente adaptados para mover-se livremente e sem dor. Funciona como a musculatura das costas e dos membros: normalmente estão livres para se mover e livres de dor. Porém, assim como outras estruturas do corpo, da mesma forma que músculos e ossos, os nervos também podem apresentar lesões. Estas lesões não precisam ser rupturas totais, mas podem ser menores e causar sinais mais discretos. Assim que um nervo foi ferido (ou, por vezes ferido minimamente, porém repetidamente!), O nervo torna-se sensível ao estresse mecânico, por exemplo, alongamento e pressão, e responde com a dor no movimento ou posição de estresse.

Como podemos detectar a sensibilidade mecânica dos nervos como a fonte de dor?

Existem testes neurodinâmicos especiais que colocam a coluna vertebral em uma posição específica e assim forçam o alongamento de nervos específicos. Quando a dor que o paciente sente normalmente é reproduzida com o teste, pode-se dizer que o nervo está sensível ao movimento e, portanto, ele é a fonte da dor que o paciente está sentindo.

O que é o curso de Mobilização Neural?

A mobilização neural é uma técnica suave de movimento para mobilar estruturas nervosas. Inicialmente esta técnica foi tida como um alongamento neural, principalmente porque os primeiros a desenvolverem estas técnicas detectavam rigidez ao tentar colocar um nervo em posição de estiramento. Uma pesquisa recente demonstrou que a resistência encontrada com testes dinâmicos neurais, do qual o teste SLR – Streight Leg Raise para o nervo ciático faz parte e é um dos mais antigos, vem de uma resposta muscular (neste caso, os músculos isquiotibiais), para proteger o deslizamento e alongamento deste nervo que já está sensível. Movimentos suaves específicos dos nervos estimulam o fornecimento de sangue aquela rede neural; melhora o fluxo axoplasmático no nervo e solta o tecido cicatricial entre o nervo e seu leito após a lesão. Este tratamento alivia a dor e restaura movimento funcional.

Quando nos movemos, nossos nervos precisam ser capazes de se ajustar com o movimento. Como um exemplo, ao mover a coluna vertebral a partir de uma posição totalmente estendida ou em posição vertical para uma posição totalmente fletida ou flexionada, a medula espinhal alonga de 5 a 9 cm. Os nervos nos braços e pernas também precisam se ajustar a novos comprimentos a medida que nos movemos. Com danos, como na lesão por chicote, o sangramento pode causar cicatrizes que em depois de algum tempo podem impedir o movimento normal do nervo. Após as operações da coluna vertebral a formação de tecido cicatricial frequentemente impede o movimento livre e indolor do nervo. Além disso, a lesão inicial pode deixar os nervos mecanicamente sensíveis, e esta restrição de movimento pode levar a sintomas tais como dor, formigamento e dor em queimação.

Por que usamos mobilização neural?

Os nervos conduzem os impulsos do nosso cérebro para o nosso corpo. O objetivo primário é o de gerar movimento. Se o movimento normal e livre de um nervo é bloqueado, pode-se gerar um efeito sobre a função do nervo. Depois de uma lesão (como o chicote), ou cirurgia nas costas, é importante para os músculos, articulações e nervos iniciar o retreinamento da movimentação de maneira suave, dentro dos limites de dor. Este movimento ajuda a melhorar a circulação para as partes lesadas. Por sua vez, esta melhor circulação irá ajudar o processo de cicatrização. A mobilização neural poderá ser muito importante também na manutenção da saúde do tecido quando trabalhamos em posições prolongadas ou estáticas. Alguns exemplos dessas posições são o trabalho no computador ou a jardinagem.

Por que fazer o curso de mobilização neural no ITM

Este curso é realizado em dois dias de muita prática. Foi projetado para desenvolver habilidades de avaliação e tratamento em conceitos avançados de gestão de dor e disfunção neural. Este curso vai combinar um processo de exame eficiente para diferenciar entre fontes de dor músculo-esqueléticas e neurológicas. Tudo isto a fim de identificar e sequenciar um plano de tratamento personalizado para a disfunção. As práticas irão facilitar ainda mais as intervenções adequadas: tanto de exame quanto de tratamento baseados em evidências, testes especiais, neuromobilização, terapia manual, intervenções ortopédicas e prescrição de exercício.

Finalmente, alguns casos clínicos serão discutidos para aguçar o raciocínio clínico. São situações encontradas comumente no dia a dia e na prática clínica. O objetivo do curso de Mobilização Neural é permitir que o clínico possa evoluir do tratamento derivado de protocolos para uma avaliação profissional. A consequência disso é o tratamento personalizado do sistema nervoso e da interface do sistema músculo-esquelético. A ênfase está em soluções criativas para problemas difíceis, integrando princípios neuroanatômicos, neurofisiológicos e cinesiológicos. Deste modo, cria-se uma nova abordagem mesmo para problemas difíceis do paciente, resultando em melhoras funcionais e obtendo a satisfação do paciente.

COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Joe Rosario, Fisioterapeuta formado pela Federal de São Carlos, Mestre pela Faculdade de Medicina da USP, Doutor pela UNIFESP. Pós-doutor pela UNIFESP. Especialista em Acupuntura e Quiropraxia. Palestrante internacional. Criador do Método Postural Balance e do Doutor da Coluna. Tem dezenas de artigos internacionais e livros publicados.

CARGA HORÁRIA: 20 horas presenciais de atividade prática intensa direto com a avaliação e tratamento para que você possa aplicar a técnica com eficiência logo após o curso.

Material para as aulas: Trazer roupa apropriada para prática.

Você sabia que um Eucalipto gera 7500 folhas de papel? Para preservar as árvores o ITM optou por utilizar apostilas digitais. Haverá uma taxa de 119 reais caso o aluno queira a apostila impressa. A natureza agradece sua colaboração.